Pensos e tampões: mulheres em perigo?

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Segundo revelou o Instituto Nacional do Consumo francês, foram encontrados vários resíduos potencialmente tóxicos neste produtos de higiene feminina.

O Instituto Nacional do Consumo francês realizou testes em alguns produtos de higiene feminina e as conclusões a que chegou foram absolutamente chocantes: cinco das onze marcas de pensos higiénicos e tampões analisadas revelaram a existência de inúmeros resíduos potencialmente tóxicos, componentes que, ainda que se manifestem em quantidades reduzidas, podem mesmo prejudicar a saúde. O referido Instituto Nacional do Consumo chega a admitir que algumas destas substâncias são consideradas desreguladores endócrinos.

Eis alguns resultados específicos do relatório publicado pela revista “60 milhões de consumidores”, que pode ser comprada à “Proteste”:

  • OB e Nett – nestas marcas foram detetadas partículas de dioxinas (poluentes industriais);
  • Tampax – neste caso, foram detetados resíduos de derivados halogenados, considerados subprodutos associados a processamento de matérias-primas;
  • Organyc – aqui verificou-se a presença de glifosato, um ingrediente ativo do herbicida Roundup;
  • Always – por fim, nestes pensos foram encontrados resíduos da família dos pesticidas organoclorados e dos inseticidas piretróides.

Este estudo surge na sequência de outro divulgado no final do ano passado e realizado por investigadores da Universidade de La Plata, na Argentina – neste caso, foi encontrado o potente químico herbicida glifosato em 85% dos tampões e pensos higiénicos analisados.

As reações às perturbadoras conclusões dos estudos não se fizeram esperar:

.Em Portugal, a Deco já veio solicitar explicações às empresas que fabricam os referidos pensos e tampões. Bruno Campos Santos, da associação de defesa do consumidor, questiona: “Afinal, eles (marcas) sabiam da presença desses produtos? Se não sabiam, como é que eles entraram no processo de fabrico”, acrescentando: “Apesar dos níveis destes produtos serem baixos, é importante perceber se a sua continuidade cria danos à saúde pública (…) Mesmo que a quantidade possa ser insignificante, é preciso usar o princípio da precaução”.

.Em França, Mélanie Doerflinger lançou uma petição no site change.org, exigindo às grandes marcas que divulguem a composição dos tampões e pensos higiénicos. A jovem reagiu após ter tido conhecimento do caso de uma americana a quem tiveram de amputar uma perna, na sequência de um choque tóxico provocado por um produto de higiene íntima.

Fonte: buzztimes.pt

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